sábado, 12 de março de 2022

Secretária da Semdes destaca ações da Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal


A manhã desta sexta-feira (11), na Assembleia Legislativa do RN, foi marcada por mais uma ação de combate à violência contra a mulher. Isso porque foi realizada uma audiência pública, proposta pela deputada Cristiane Dantas (SDD), para marcar o encerramento da “XX Semana Nacional Justiça Pela Paz em Casa", promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, foram lembradas as ações de luta pela vida e bem-estar das vítimas, bem como discutidas novas formas de ajudar as mulheres que sofrem violência doméstica. 

Passaram pela tribuna:  A Juíza Fátima Soares, representante da CE Mulher do Tribunal de Justiça do RN, a Procuradora Regional da República, Caroline Maciel, a secretária estadual das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Júlia Arruda, a advogada Marcela Vasconcelos, Conselheira Estadual da OAB, o presidente da Associação dos Defensores Públicos do RN, Vinícius Araújo e a secretária de Segurança  Pública e Defesa Social da capital, Sheila Freitas.

Em sua fala, a secretária de Segurança  Pública e Defesa Social da capital, Sheila Freitas, destacou que o município de Natal também está nessa luta, através da Patrulha Maria da Penha e da Guarda Municipal.  “A patrulha serve para fiscalizar a aplicação das medidas protetivas. E a gente não deve apenas qualificar o profissional que trabalha diretamente nela, e sim, todos os agentes de segurança pública, porque muitas vezes é o profissional da rua que se depara com essa violência”, explicou. 

De acordo com a secretária, é importante que a mulher, ao chegar na delegacia, já tenha profissionais à sua disposição que proporcionem atendimento de qualidade. 
“Infelizmente, na própria delegacia, elas não têm um atendimento adequado, e isso faz com que tenham medo e recuem. A farda também tem sido um problema, porque intimida e causa receio até nas crianças. Então essa é outra discussão que tem sido feita”, disse.

Ainda segundo Sheila Freitas, muitas mulheres de comunidades temem receber a polícia em casa, devido às retaliações dos comandantes do tráfico local. “Em Mãe Luiza, por exemplo, na pandemia, nós tivemos diminuição de casos de violência contra a mulher. E a inteligência apurou que foram os chefes de facção que proibiram os homens de agredirem suas companheiras, por não quererem polícia na comunidade”, contou.
Ela acrescentou que o auxílio da patrulha junto a essas mulheres, muitas vezes, é realizado no trabalho, em casa de parentes, em postos de saúde ou escolas. 

Finalizando, a secretária enfatizou a importância do compromisso de todos os setores da sociedade, em prol da defesa da vida das mulheres. “E aqui em Natal, a Patrulha Maria da Penha foi além do simples cumprimento de medidas protetivas, porque quando chegávamos nas residências, encontrávamos mulheres desmaiadas de fome, doentes por causa das agressões e com muitos outros problemas. Então, começamos a correr atrás dos outros órgãos públicos, para que pudéssemos fornecer uma ajuda mais profunda a essas vítimas”, concluiu. 

Fonte: ALERN

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