A manhã desta sexta-feira (11), na Assembleia Legislativa do RN, foi marcada por mais uma ação de combate à violência contra a mulher. Isso porque foi realizada uma audiência pública, proposta pela deputada Cristiane Dantas (SDD), para marcar o encerramento da “XX Semana Nacional Justiça Pela Paz em Casa", promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, foram lembradas as ações de luta pela vida e bem-estar das vítimas, bem como discutidas novas formas de ajudar as mulheres que sofrem violência doméstica.
Passaram pela tribuna: A Juíza Fátima Soares, representante da
CE Mulher do Tribunal de Justiça do RN, a Procuradora Regional da República,
Caroline Maciel, a secretária estadual das Mulheres, da Juventude, da
Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Júlia Arruda, a advogada
Marcela Vasconcelos, Conselheira Estadual da OAB, o presidente da
Associação dos Defensores Públicos do RN, Vinícius Araújo e a secretária
de Segurança Pública e Defesa Social da capital, Sheila Freitas.
Em
sua fala, a secretária de Segurança Pública e Defesa Social da
capital, Sheila Freitas, destacou que o município de Natal também está nessa
luta, através da Patrulha Maria da Penha e da Guarda Municipal. “A
patrulha serve para fiscalizar a aplicação das medidas protetivas. E a gente
não deve apenas qualificar o profissional que trabalha diretamente nela, e sim,
todos os agentes de segurança pública, porque muitas vezes é o profissional da
rua que se depara com essa violência”, explicou.
De acordo com a secretária, é importante que a mulher, ao chegar na
delegacia, já tenha profissionais à sua disposição que proporcionem atendimento
de qualidade.
“Infelizmente, na própria delegacia, elas não têm um atendimento adequado, e
isso faz com que tenham medo e recuem. A farda também tem sido um problema,
porque intimida e causa receio até nas crianças. Então essa é outra discussão
que tem sido feita”, disse.
Ainda segundo Sheila Freitas, muitas mulheres de comunidades temem
receber a polícia em casa, devido às retaliações dos comandantes do tráfico
local. “Em Mãe Luiza, por exemplo, na pandemia, nós tivemos diminuição de casos
de violência contra a mulher. E a inteligência apurou que foram os chefes de
facção que proibiram os homens de agredirem suas companheiras, por não quererem
polícia na comunidade”, contou.
Ela acrescentou que o auxílio da patrulha junto a essas mulheres, muitas vezes,
é realizado no trabalho, em casa de parentes, em postos de saúde ou
escolas.
Finalizando, a secretária enfatizou a importância do compromisso de
todos os setores da sociedade, em prol da defesa da vida das mulheres. “E aqui
em Natal, a Patrulha Maria da Penha foi além do simples cumprimento de medidas
protetivas, porque quando chegávamos nas residências, encontrávamos mulheres
desmaiadas de fome, doentes por causa das agressões e com muitos outros
problemas. Então, começamos a correr atrás dos outros órgãos públicos, para que
pudéssemos fornecer uma ajuda mais profunda a essas vítimas”, concluiu.
Fonte:
ALERN
Nenhum comentário:
Postar um comentário