Após a separação, o homem passou a perseguir a mulher e
quando conseguia encontrar o novo endereço, conforme relato, promovia um
“barraco” na frente dos imóveis. A vítima disse em depoimento que durante dois
meses de afastamento, teve que se mudar quatro vezes e que em todos, quando
menos esperava, o acusado a encontrava.
Ela contou que estava em casa na companhia de sua filha e
namorado, e pouco tempo após o almoço, foram surpreendidos pelo acusado, que
adentrou no imóvel subindo pela varanda, aparentemente na tentativa de reatar o
relacionamento, porém ao visualizar seu namorado, pegou uma faca média na
cozinha e avançou contra a mulher que ao tentar se defender, teve um profundo
corte em sua mão direita, e logo o ambiente da cozinha foi banhado de sangue, em
seguida seu namorado disse ao agressor: “rapaz não faça isso não”. Furioso, o
homem partiu pra cima dele e acertou um
golpe de faca no pescoço, tendo ele caído ao solo desacordado, enquanto a
mulher e sua filha conseguiram se trancar dentro do quarto.
Em relato, ela disse que enquanto estava trancada no quarto
com sua filha, pensou que elas seriam as próximas a serem atacadas pelo homem,
e então decidiu passar sem ser percebida pelo agressor e descer a escada e
pedir socorro, tendo uma vizinha do primeiro andar gritado: “corre que lá vem
ele”.
Populares conseguiram arrombar o portão e socorrer as
vítimas, enquanto o acusado se evadiu do local. O Samu os conduziram para o
Hospital Walfredo Gurgel, onde a mulher teve sua mão suturada, enquanto que seu
namorado foi encaminhado para cirurgia em estado gravíssimo, diante da aparente
tentativa de decapitação.
O Serviço de Assistência Social do Hospital, solicitou apoio
junto a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres – Semul, integrante
da Rede de Proteção à
Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar, da Prefeitura do Natal,
que ofereceu a casa abrigo e acionou a equipe do Patrulha Maria da Penha - PMP
da capital, através da Supervisora Ester e da Coordenadora CGA Judicler, composta
também pelos CGA´s Genibaldo e Oziel, que após autorização e orientações do
SubComando de Segurança, fez os
procedimentos junto a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher – Deam, e
solicitou as Medidas Protetivas de Urgência, a teor do art. 22 da Lei 11.340,
de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha).
A Patrulha Maria da Penha, da Guarda Municipal do Natal, atende a mulheres de Natal, vítimas de violência, encaminhadas pela justiça. Excepcionalmente, atendeu a essa ocorrência, com origem em outro município, a pedido da Semul, considerando que a PMP Estadual não tem plantão nos finais de semana.
Um comentário:
Parabéns pelo glorioso trabalho, não importa se foi em Natal ou Parnamirim,o que importa é o empenho e atuação da equipe.
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