Operação da PM e Guarda tomou conta da Bernardo Vieira |
Na noite de ontem a Avenida Bernardo Vieira foi tomada por uma operação
conjunta da Polícia Militar e Guarda Municipal. O policiamento na rua é
considerado como solução primária para a diminuição da violência. Mas,
depende do aumento do efetivo, reconhece a cúpula da segurança pública
do Estado. No entanto, além de trabalharem com menos da metade do
estabelecido por lei, as polícias militar e civil tem agentes cedidos a
outros órgãos e outros atuam no setor administrativo. Somente da PM,
este quantitativo fora das ruas chega a 22% do geral.
Enquanto isso, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa
Social (Sesed) pretende adotar 16 medidas para diminuir a escalada de
assaltos dentro de ônibus, em paradas de transporte coletivo e a
taxistas na capital e Região Metropolitana de Natal. A TRIBUNA DO NORTE
apurou nove destas medidas planejadas. Foi pedido à assessoria de
Comunicação da pasta todas as medidas, mas a resposta não foi enviada
até o fechamento desta edição.
Para atender ao apelo da população
e cumprir as medidas, as policias se desdobram com o quantitativo que
possuem. “O efetivo hoje não atende a demanda. Estamos suprindo a falta
com uma gestão inteligente dos recursos humanos”, explicou Coronel
Francisco Araújo, comandante da Polícia Militar do RN, que tem pelo
menos 2.050 militares - do total de 8.950 mil - fora do efetivo nas
ruas.
Segundo ele, não há previsão de relocar os cedidos e os do
administrativo nas ruas. “Já foi realizado um enxugamento de 200
policiais no Comando”, disse. E não há condições financeiras, de fazer o
pagamento de extras com diária operacional – como na Copa do Mundo com
mais dois mil policiais por esta forma. Nem é previsto pedir reforço da
Força Nacional. “Valeria a pena se a Força enviasse uns dois mil
policiais. Mas, se enviam 100, surte pouco efeito”.
Adson Kepler,
delegado Geral da Polícia Civil (Degepol) também reconhece o déficit.
“Para operarmos como ideal só pode ser com aumento de efetivo”, afirma.
Ele conta com o pagamento de diárias operacionais, a partir da próxima
semana, para deflagração de operações, mas não precisou quantos, por
sigilo de segurança.
A Polícia Civil possui um efetivo total de
1.480 mil, dos quais 142 estão na Degepol ou em cargos comissionados em
outros órgãos, o que representa 10%. Paqra ampliar efetivo nas
delegacias, a Degepol conta com a nomeação de 122 concursados nesta
próxima semana. De acordo com João Carlos Gomes, procurador geral
adjunto do Estado, “se não couber mais recurso o Estado vai nomear”. Ele
não soube precisar quando, nem se já tinha expirado o prazo fixado no
mandado recebido pela PGE no último dia 12.
Fonte: Tribuna do Norte.
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