quinta-feira, 17 de junho de 2010

Comandante Geral da GMN debate criminalidade em audiência pública


A Câmara Municipal do Natal realizou na manhã desta quarta-feira (16) uma audiência pública para discutir a criminalidade no município de Natal. A iniciativa partiu da vereadora Sargento Regina (PDT) que demonstra preocupação com o aumento da violência no município.“Vemos pela televisão crimes cada vez mais hediondos envolvendo adolescentes entre catorze e dezenove anos”, relata.

A audiência pública teve como objetivo buscar alternativas para que os jovens da cidade saiam da ociosidade que muitas vezes leva para caminhos da violência urbana. Outro ponto em destaque na audiência foi buscar meios de evitar que jovens participem de gangues que entram nas escolas e destroem o patrimônio público.

Sargento Regina falou sobre a ociosidade da juventude e o crescimento de jovens envolvidos com drogas. “Precisamos envolver os jovens em práticas esportivas e culturais. Temos o entendimento que o aumento da criminalidade tem uma relação particular com o crescente aumento da faixa etária do município”, ressalta.

A parlamentar fez a leitura de um documento que reflete o que pensa os policiais em carreira. No texto, escrito por um policial, descreve as torturas policiais vividas em treinamento, denuncia os baixos salários, corrupção na corporação, entre outras questões. A parlamentar lembrou que esta é uma realidade da polícia em todo o Brasil.

O representante da Central Única de Trabalhadores (CUT) em Natal, Paulo Bandeira, denunciou a falta de investimento na Guarda Municipal que enfrenta graves problemas administrativos. “O investimento na guarda significa soluções na segurança municipal, no entanto hoje existe um descaso. Desde março deste ano a guarda municipal trabalha desarmada nos postos, rezando para que não aconteça nada. Menos um aparelho de proteção que poderia estar mais próximo da população, nas escolas, diminuindo o índice de violência nas comunidades”, reivindica.

De acordo com o comandante da Guarda Municipal, Edvan Costa, a ausência de espaços públicos de lazer e cultura acaba por facilitar a aproximação de traficantes. “Em 2008, fizemos um levantamento nas escolas onde 25% delas têm a presença de traficantes. Outro problema detectado são as gangues que fomentam a violência gratuita nas escolas. Acredito que a prevenção é o único caminho. Programas como o PROERD, Semente Cidadã trabalham com a prevenção e afastam os jovens do risco”, explica.


Texto: Assecom CMN.


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