Pássaros serão soltos em reserva ambiental e as gaiolas serão destruídas |
O
Grupamento de Ação Ambiental da Guarda Municipal do Natal (GMN)
deflagrou na manhã deste sábado (25) uma operação de combate ao
comércio ilegal de aves silvestres na feira livre do bairro de
Soledade, zona Norte da cidade. A intervenção mobilizou 10 guardas
municipais que conseguiram resgatar 96 pássaros que estavam sendo
comercializados em desacordo com a legislação ambiental.
As
aves estavam presas em gaiolas e pequenos viajantes, que eram
utilizados para transportar os pássaros. Em vários casos foram
encontradas aves com sinais de maus tratos com plumagem caída, sem
água e comida, além de estarem acondicionadas em pequenos cubículos
com uma quantidade de pássaros acima da capacidade do espaço para
manter minimamente as condições sadias de abrigo.
Os
guardas municipais listaram 11 espécies de aves, sendo algumas delas
ameaçadas de extinção. Os pássaros resgatados foram da espécia
Galo-de-campina (27), Colero (27), Canário (16), Sibite (11), Tiziu
(05), Sábia do campo (02), Sanhaçu Cinzento (02), Garibaldi (02),
Azulão (02), Guriatã (01), e Bigode (01). Todo o material que
servia para confinamento dos pássaros foi apreendido e será
destruído pela Guarda Municipal.
Na
ocasião, os responsáveis pelo crime ambiental conseguiram se evadir
da feira livre antes da chegada das viaturas da GMN. A suspeita dos
guardas municipais é que algum informante percebeu a aproximação
das guarnições e avisou as pessoas que estavam comercializando os
pássaros, que fugiram abandonado as aves e gaiolas. “Alguns ainda
chegaram esconder parte dos pássaros no meio da vegetação em um
terreno baldio, porém tivermos informações da população e as
guarnições conseguiram encontrar as gaiolas e os pássaros que
estavam no meio da mata”, informou a coordenadora do Grupamento de
Ação Ambiental da GMN, Francineide Maria.
Os
pássaros foram identificados e após avaliação serão conduzidos
para soltura em uma reserva ambiental. Já aqueles que necessitavam
de cuidados veterinários ou que não pertencem ao bioma da mata
atlântica serão levados a um centro de reabilitação credenciado
pelo Ibama.
O
tráfico e o comércio ilegal de espécies da fauna silvestre é
crime podendo o transgressor ser punido com pena de seis meses a um
ano de detenção, além de multa administrativa por crime ambiental
de tráfico, que corresponde a R$ 500 por ave e se o animal for
ameaçado de extinção, o valor sobe para R$ 5 mil.
O
tráfico de animais silvestre é a terceira atividade de comércio
ilegal que mais movimenta dinheiro no mundo, ficando atrás apenas do
tráfico de drogas e de armas. Segundo a ONG Rede Nacional de Combate
ao Tráfico de Animais Silvestres, cerca de 38 milhões de animais
são retirados anualmente do seu habitat, somente no Brasil. São 12
milhões de espécies distintas e estima-se que 90% desses animais
cheguem a óbito logo após retirados da natureza.
O
crime é previsto na Lei Federal 9.605/98 e o cidadão pode denunciar
esse tipo de delito nos números 190 (Centro Integrado de Operações
em Segurança Pública – Ciosp), 181 (Disk Denúncia – Polícia
Civil) ou 3616-9829 (Ouvidoria da Semurb).
Texto:
Assecom GMN.
Contato:
assecomgmn@hotmail.com.
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