Pássaros foram levados ao Aquário Natal para avaliação |
A
Guarda Municipal do Natal (GMN) e policiais militares da Companhia Independente
de Policiamento Ambiental (Cipam) conseguiram resgatar na manhã desse domingo
(21), 69 aves silvestres que estavam sendo comercializadas ilegalmente na feira
livre do bairro Nova Natal, zona Norte da capital. Os pássaros foram levados
até o Aquário Natal, na Praia da Redinha, onde passaram por avaliação e
posterior devolução a natureza.
Entre
os pássaros foram identificadas pelo menos 13 espécies diferentes de aves
silvestres. Muitos estavam confinados em pequenas caixas, sem água e com ventilação
comprometida onde até 6 pássaros ficavam presos, sendo assim detectado pelos
guardas o crime de maus-tratos.
As
guarnições da GMN identificaram outras espécies como Galo-de-Campina, Sanhaçu,
Sibite, Bico de Lacre, Sabiá, Cancão, Canário, Golinha, Azulão, Papa-Capim,
Cabocolinho, Pega e Coleiro.
A
intervenção dos guardas municipais foi motivada por denúncia de populares via
número 190, do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Cios). Os
agentes planejaram as abordagens de maneira a evitar que os pássaros fossem
retirados da feira antes da chegada das guarnições, o que é comum, já que os
traficantes utilizam de observadores para informar a chegada do policiamento.
A
coordenadora do Grupamento de Ação Ambiental da GMN, Francineide Maria, lembrou
a importância das pessoas denunciarem esse tipo de crime que afeta diretamente
a fauna e a flora do país e contribui para o desequilíbrio ecológico. “Pedimos
que o cidadão contribua denunciando para que possamos combater mais fortemente
essa prática danosa a natureza e cruel com os animais”, pediu.
O
tráfico de animais silvestre é a terceira atividade de comércio ilegal que mais
movimenta dinheiro no mundo, ficando atrás apenas do tráfico de drogas e de
armas. Segundo a ONG Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres,
cerca de 38 milhões de animais são retirados anualmente do seu habitat, somente
no Brasil. São 12 milhões de espécies distintas e estima-se que 90% desses
animais cheguem a óbito logo após retirados da natureza.
Texto:
Assecom GMN.
Contato:
assecomgmn@hotmail.com.
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